Presidente da Direção da NERSANT defende formação de excelência na CIMT

Domingos Chambel luta por maior alinhamento entre a oferta formativa e necessidades das empresas

Presidente da Direção da NERSANT defende formação de excelência na CIMT
Desenvolvimento Regional

O Conselho de Desenvolvimento Intermunicipal da Educação do Médio Tejo reuniu no dia 24 de fevereiro, na sede da CIMT - Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, em Tomar. Domingos Chambel, Presidente da Direção da NERSANT, marcou presença na reunião e defendeu um maior entrosamento entre as necessidades das empresas e a oferta formativa, bem como a necessidade de promoção do ensino profissional e de algumas profissões, tão procuradas pela indústria nacional.

Debater as prioridades formativas para o Médio Tejo a curto, médio e longo prazos no âmbito dos cursos profissionais nível IV, numa perspetiva de maior adequação e aproximação das ofertas de ensino profissional às necessidades do tecido económico e social da região em termos de empregabilidade, foi um dos grandes objetivos da reunião promovida pela CIMT. O debate, realizado em reunião, constituiu uma mais valia para preparar um conjunto de ofertas mais adequadas com a promoção da sustentabilidade do território do Médio Tejo.

Com acolhimento pelo Secretário Executivo da CIMT, marcou presença na reunião Bruno Santos, delegado regional da DGEstE Lisboa e Vale do Tejo e Domingos Chambel, Presidente da Direção da NERSANT.

O dirigente associativo começou por salientar a importância dos cursos profissionais na competitividade das empresas e no desenvolvimento regional, tendo referido, por este motivo, que a formação de excelência é uma das prioridades da NERSANT. No seu discurso, o Presidente da NERSANT referiu que, para tal, é necessário um maior entrosamento entre as necessidades das empresas e a oferta existente, não só no Médio Tejo e na região, mas em todo o país. "É necessário mudar o paradigma da formação. Se queremos ser competitivos, a formação tem de deixar de ser realizada em caixotes de betão. É necessário que sejam feitos protocolos com as associações empresariais e com as empresas. Há muita coisa bem feita, mas não é o suficiente", defendeu Domingos Chambel, acrescentando que, "neste momento, já estamos numa situação em que temos encomendas mas não conseguimos gente para trabalhar".

Domingos Chambel relatou ainda que tem visitado muitas escolas profissionais e que a falta de alunos é uma das queixas mais recorrentes. "Há claramente necessidade de trabalhar a promoção deste tipo de ensino, bem como mudar o estigma social que há em relação a certas profissões. Hoje em dia «não é fixe» ser serralheiro ou soldador, embora sejam profissões bem pagas", referiu.

Bruno Santos, delegado regional da DGEstE Lisboa e Vale do Tejo afirmou, por sua vez, a necessidade de repensar o modelo de planeamento da oferta formativa na região do Médio Tejo numa lógica de subsidiariedade e destacou a extrema importância de uma visão estratégica da oferta formativa, bem como a importância da orientação vocacional. Concordou que há "um desalinhamento entre a oferta formativa do Médio Tejo e as necessidades do território, sendo este um trabalho "desafiante e difícil". Foi aberto posteriormente o debate às instituições de ensino presentes.

Na reunião fez-se ainda um breve ponto de situação do PEDIME 2, onde se destacaram algumas das ações que estão a decorrer como: Encontros com escritores; Espetáculos de teatro; Programa de visitas de estudo; Conversas com investigadores; Acompanhamento pelos parceiros e Divulgação à comunidade educativa; entre outras ações, tendo sido referido que se encontra também em fase de preparação o PEDIME 3. O PEDIME é um projeto cofinanciado pela União Europeia, Portugal 2020 e Programa Operacional do Centro 2020, através do Fundo Social Europeu.

Notícias Relacionadas: