No encerramento do painel, Hernani Magalhães deixou uma mensagem clara: "Estamos a tentar acelerar a gestão de resíduos e a economia circular, mas continuamos a jogar com as mesmas regras de há 20 anos." O CEO da empresa de Benavente defendeu que as compras públicas devem ser uma ferramenta estratégica na promoção da economia circular, lembrando que o Estado português representa mais de 16% do PIB nacional em poder de compra. Contudo, grande parte das decisões ainda se baseia exclusivamente no critério do preço mais baixo.
Inspirando-se em modelos aplicados com sucesso em países como a Holanda, Suécia e Alemanha, Hernani Magalhães propôs a integração de critérios como o "valor total" ou o "custo do ciclo de vida" nos contratos públicos. Estes modelos premiam fornecedores que apostam em inovação, rastreabilidade, circularidade e redução de impacto ambiental.
A Silvex propõe soluções concretas e mensuráveis, como a introdução de exigências mínimas de circularidade, uso de materiais recicláveis ou compostáveis, e auditorias externas que garantam conformidade com práticas sustentáveis. "A transição exige escala, e essa escala começa pelas escolhas que o Estado faz", concluiu o gestor.
A intervenção reflete o posicionamento da Silvex como uma empresa de referência na sustentabilidade, e destaca a urgência de políticas públicas alinhadas com os desafios ambientais da atualidade.