Acompanhada pelos dirigentes Salomé Rafael, Pedro Faria e António Pedroso Leal, e por diretores e técnicos das áreas operacionais da AIP, a visita aconteceu no dia 17 de abril, no âmbito da iniciativa "Roteiro pela Indústria Transformadora do País", "criada com o objetivo de reconhecer a qualidade de gestão e a competitividade das melhores empresas do setor industrial, bem como permitir o conhecimento pelos nossos diretores operacionais da nova realidade deste setor", sublinhou o presidente da AIP, José Eduardo Carvalho.
De acordo com a informação da AIP, a comitiva foi recebida por Pedro Carvalho, presidente do conselho de administração da Couro Azul, Bernardo Carvalho, administrador na quarta geração e Carlos Martinho, diretor financeiro. "As marcas de excelência e os elevados padrões de qualidade que a Couro Azul hoje exibe são fruto da permanente pesquisa e investigação para o desenvolvimento de produtos e processos de fabrico inovadores e sustentáveis, e refletem os valores do seu fundador, que baseava o negócio na produção manual de curtumes de ovino e caprino, destinados à indústria do calçado" referiu Pedro Carvalho, citado no comunicado da AIP, fazendo jus ao "exemplo de iniciativa e visão" do fundador da empresa, António Nunes de Carvalho.
"Fundada em 1939, a Couro Azul processa 1300 peles por dia", que "passam por várias etapas (...) antes de serem transformadas na pele que cobre o volante de um Porsche, de uma cadeira num comboio da CP ou num avião da TAP, ou ainda no guiador de um camião para captar os sinais vitais do motorista", no âmbito do projeto CardioLeather - Couro-Inteligente para monitorização da saúde, bem-estar e segurança em veículos, informou a AIP, acrescentando que "outro exemplo de I&DT é o projeto RARISS - Raças Autóctones, Rastreabilidade, Inovação e Soluções Sustentáveis, ferramenta de rastreabilidade da pele e registo do "adn" essencial na economia circular, fazendo parte das "exigências das marcas internacionais clientes da empresa de Alcanena que apostam num novo modelo de negócios, denominado TraceLeather".
A inovação levada a cabo pela empresa é ainda espelhado na ferramenta "visão artificial", dispositivo em desenvolvimento que pretende detetar, sem menosprezo do processo manual, "o minúsculo defeito no couro", bem como através do projeto Oak Tann, linha que está a produzir "um curtume vegetal, isento de produtos químicos, resultante de extratos vegetais sustentáveis retirados das cápsulas das bolotas, já aprovado pela Mercedes Benz e pela Volvo", e que terá como aplicação o revestimento de "bancos, painéis, consola e volante".
Os projetos de inovação da Couro Azul são liderados pelo departamento de I&D, tornando-se a empresa "numa das indústrias de curtumes mais inovadoras do mercado", fez saber Pedro Carvalho, elecando de seguida outros projetos neste âmbito na "história recente da empresa": "1996: tecnologia sem crómio - VW; 2000: couro antialérgico - standard Öko-tex; 2002: conceito Oak Leather - isento de metais pesados e crómio; 2006: couro para aviões - Airlys; 2008: couro para comboios - Trainlys; 2010: croute liso; 2014: couro para painéis de instrumentos e de porta; e 2016: couro leve".
in: AIP
