Na ocasião, Jorge Brandão, do Programa Regional do Centro, apresentou a proposta de reprogramação a submeter à Comissão Europeia, onde está prevista a criação da futura Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) e a Zona Livre Tecnológica (ZLT), destinada a projetos de inovação e desenvolvimento para a produção, armazenamento e autoconsumo de eletricidade a partir das energias renováveis.
"Apoiar a concretização da Zona Livre Tecnológica é um dos objetivos. É importante ter uma equipa dedicada e que dinamize no território este processo (…) E outra dimensão será o apoiar a criação da nova Escola Superior de Tecnologia de Abrantes. Portanto, a proposta de reprogramação que Autoridade de Gestão contempla estas dimensões", afirmou Jorge Brandão, acrescentando que a expetativa é que a Comissão Europeia aprove as propostas e tome as respetivas decisões até ao próximo mês de julho/agosto.
O presidente da CIM Médio Tejo, Manuel Jorge Valamatos, congratulou-se com a inclusão destes novos investimentos no plano de reprogramação do Fundo de Transição Justa do Médio Tejo, tendo salientado que "com a aplicação deste fundo estamos a criar condições mais competitivas para o território em várias vertentes".
"O trabalho está a ser feito, tendo por base esta visão que é a aposta na Zona Livre Tecnológica, na aposta de mais soluções de mobilidade sustentável para o território, bem como a construção da nova Escola Superior de Tecnologia de Abrantes. Percebemos que o financiamento público, que se materializa neste fundo, pode ser realmente muito importante na concretização destes investimentos, vamos ver como irão correr as negociações com a Comissão Europeia", referiu.
A proposta de reprogramação inclui agora as seguintes tipologias: apoio ao investimento produtivo das empresas alinhados com a transição climática; apoio a projetos de empreendedorismo de base local; apoio à promoção da oferta formativa necessária à atualização e desenvolvimento de novas competências e fixação de recursos humanos; apoio à dinamização da Zona Livre Tecnológica; projetos de investimentos em equipamentos tecnológicos essenciais à operacionalização da ZLT e apoio a investimentos na mobilidade local inteligente e sustentável.
Na reunião foi realizado ainda um ponto de situação das respostas aos trabalhadores afetados diretamente pelo encerramento da central a carvão do Pego e efetuado um ponto de situação das atividades em torno da operacionalização da ZLT por parte da CIM Médio Tejo, que está a conduzir o processo.
A ZLT é constituída ao abrigo do Decreto-Lei n.º 67/2021, de 30 de julho, que estabelece o regime e define o modelo de governação para a promoção da inovação de base tecnológica através da criação de zonas livres tecnológicas.
Recorde-se que o Fundo de Transição Justa tem 65 ME para o Médio Tejo no âmbito do fecho da central a carvão do Pego.