"Há empresas francesas que estão a olhar para Portugal como um país para investir"

Entrevista a Laurent Marionnet, Diretor Geral da CCILF - Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa

"Há empresas francesas que estão a olhar para Portugal como um país para investir"
Internacionalização
Foto: CCILF

A Ribatejo Invest conversou com o Diretor Geral da CCILF, Laurent Marionnet, tendo ficado a saber que as empresas francesas estão a olhar para Portugal como um país para investir.

RI: Reuniu com a NERSANT recentemente. Qual o objetivo deste encontro?

LM: A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa tem sede em Lisboa e uma delegação no Porto e até agora temos vindo a trabalhar muito com o norte de Portugal, região rica em indústria. Neste momento, o Conselho de Administração da CCILF pretende desenvolver os contactos com as associações empresariais em todo o país, alargando assim as parcerias a todo o território. Neste sentido, o nosso objetivo com esta visita foi apresentar a CCILF e conhecer a NERSANT, analisando formas de cooperação para proporcionar e promover negócios entre as empresas francesas e as empresas desta região. Pretendemos reforçar o relacionamento comercial entre a região e França.

RI: Como classifica a envolvente de negócios entre Portugal e França?

A CCILF é uma porta de entrada de empresas francesas em Portugal e de facto, verificamos que temos empresas que querem investir neste país. Há empresas francesas que estão a olhar Portugal como um país para investir. Para fazer parceiros de negócios e até produzir.

De facto, depois do Covid, empresas que estavam a produzir na Ásia ou África do Norte, estão agora a relocalizar a sua produção na Europa. Embora em concorrência direta com a Polónia e a Chéquia, Portugal apresenta de facto vantagens para as empresas, ganhando muitas vezes os investimentos para o seu território. É com este objetivo que queremos trabalhar com as associações empresariais.

Por outro lado, é nossa missão podermos apoiar, também, as empresas portuguesas que querem exportar para França, pelo que dispomos de uma rede de parceiros para o efeito. Neste aspeto, trabalhamos à medida das necessidades das empresas portuguesas que nos procuram.

RI: Após a reunião com a NERSANT, que potencialidades considera ter esta região? E, por outro lado, que parcerias podem ser implementadas?

LM: Embora (ainda!) não conheçamos bem a região, conhecemos uma grande empresa com forte implementação em França, a RENOVA. Para já falámos de condições que podem ser muito interessantes para as empresas francesas e que a vossa região disponibiliza, como por exemplo a rede de incubadoras de empresas que a NERSANT tem.

RI: Que oportunidades de negócio da região coincidem com aquilo que são os interesses da região?

LM: Na reunião com a NERSANT, ficámos, de igual modo, a conhecer alguns setores-chave da região que poderão apresentar oportunidades de negócio, como o agroalimentar. É gratificante poder ficar a conhecer estas potencialidades no sentido de trabalharmos juntos para promover o investimento das empresas francesas na região com a apoio da NERSANT.

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