Essa remuneração aumentou em todas as dimensões de análise (atividade económica, dimensão de empresa, setor institucional, intensidade tecnológica e intensidade de conhecimento). Os maiores aumentos foram observados nas indústrias extrativas, nas empresas de 1 a 4 trabalhadores, no setor privado e nas empresas de serviços de mercado com forte intensidade de conhecimento.
Os dados do INE relativos ao quarto trimestre do ano passado, conhecidos na mesma altura, apontam para um acréscimo de 5,7% da remuneração bruta total mensal média por trabalhador, ou seja, para os 1.670 euros mensais. Em termos reais, tendo por referência a variação do Índice de Preços do Consumidor, a remuneração bruta total mensal média no quarto trimestre aumentou 4,0%.
Aumentos superam Acordo de Rendimentos
O crescimento da remuneração bruta mensal em 2023 (6,6%) superou o referencial de aumento dos salários de 5,1% previsto no Acordo de Médio Prazo para a Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade, assinado em 2022 entre o Governo e os parceiros sociais.
Desde 2015, primeiros dados reportados pelo INE, a remuneração média global foi valorizada em 27,7%, o que corresponde a uma valorização real de 8,4%. No setor privado, a valorização da remuneração bruta total mensal média, neste período, foi de 31,8%, o que corresponde a uma valorização real de 12,0%.