Opinião

Fernando Bento


Diretor de Curso da Licenciatura em Informática de Gestão do ISLA Santarém

ERP e as Tecnologias Emergentes

Os enterprise resource planning (ERP), encontram-se nas empresas nos dias de hoje como um pilar que contribui ativamente para otimizar a gestão organizacional e conduzir os processos de negócio, de forma a garantir a eficácia e a eficiência das organizações, promovendo as suas vantagens competitivas.

No entanto, nem sempre os empresários se encontram sensibilizados pelas reais potencialidades que estes softwares englobam e que, por mero desconhecimento, acabam por não serem utilizadas. A ideia de que o ERP apenas serve para fazer cumprir os requisitos legais e fiscais por vezes ofusca o real domínio dos mesmos, deixando para trás funcionalidades que poderiam contribuir para rentabilizar ainda mais o negócio.

As inovações tecnológicas que se encontram em fase inicial de adoção, têm por norma um vinculado impacto nos diversos setores da economia e por consequência na vida quotidiana da sociedade em geral. Este tipo de inovação é denominado de tecnologia emergente (TE). São exemplos, a inteligência artificial (IA), blockchain, internet das coisas (IOT) e a tão esperada computação quântica. As TE podem de facto vir a transformar os comportamentos das organizações, alterando a forma de estar das organizações no mundo dos negócios.

As empresas que utilizam as tecnologias emergentes, especificamente tecnologias ligadas à IA, estão a diferenciar-se das restantes com uma margem que aumentou 60% desde os três últimos anos (McKinsey & Company, janeiro 2024).

Tecnologias como a IA generativa e block chain desenvolvem-se sobre vetores com elevados níveis de eficiência e eficácia nos processos das organizações, atuando como mecanismo fiável no suporte à tomada de decisão das empresas. Deste modo, otimizam processos e contribuem para a diminuição da probabilidade de perca de oportunidade de negócio (Gartner, fevereiro 2024).

Estes são sinais claros que não se devem ignorar. A procura de mecanismos que promovam e catalisem a automatização dos processos de negócio e suportem o esforço de diferenciação, autonomia e compatibilidade digital, devem ser uma constante nas organizações. Trata-se de fatores essenciais para a criação de eficiências em processos, dos mais simples aos mais complexos, que contribuem de forma evidente para uma gestão mais saudável. Reflexo da forma como é percebido o contributo da adoção da IA, é a sua transversalidade do interesse por todo o tecido económico, das PME às Grandes Empresas.

Senhoras e Senhores Empresários, fiquem atentos às tecnologias emergentes atuais e avaliem a sua adoção pela perceção de custo-benefício da sua utilização. Porém, acima de tudo, queiram começar por aprofundar as funcionalidades não exploradas dos vossos ERP’s, no sentido de procurarem entender a utilidade das mesmas, extraindo o seu máximo potencial ao serviço dos vossos desafios diários. Em colaboração com o parceiro tecnológico adequado será provavelmente o caminho mais simples e recomendável para colocar a tecnologia ao serviço da sua Empresa.

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