Revista RIBATEJO INVEST

100 Maiores Empresas

do distrito de Santarém em 2018

Editorial por

Maria Salomé Rafael


Presidente da Direção da NERSANT

Com o país em estado de alerta devido à situação epidemiológica do novo Coronavírus – COVID 19, o governo aprovou um conjunto de medidas extraordinárias e de caráter urgente para fazer face a esta situação, medidas que estão já em marcha. Apesar de o governo ter adotado agora estas medidas mais restritivas, há já bastante tempo que se vinha a acentuar uma quebra na atividade económica, com maior incidência no setor que tem sido o motor da nossa economia: o turismo, a hotelaria e a restauração. Porém, há muito que se ultrapassou essa barreira, estendendo-se essa quebra a todos os setores de atividade, com muitas empresas já a passarem por situações verdadeiramente dramáticas e a recearem pelo seu futuro.

À medida que a situação evolui, novas medidas poderão ser tomadas pelos governos nacionais e instâncias europeias, pelo que qualquer tomada de posição pode ser extemporânea. No entanto, para além de todas as questões de saúde pública que devem ser, naturalmente, a nossa prioridade neste momento, não deve ser menorizado o impacto destrutivo que esta pandemia está a causar em toda a atividade económica e na vida das empresas. Muitas têm já a sua continuidade em risco e necessitam urgentemente de apoios que permitam a sua sobrevivência. Do governo, das instâncias europeias e de todas as entidades com quem as empresas se relacionam, esperamos que sejam sensíveis à excecionalidade do momento que vivemos, e tenham a coragem necessária para tomarem as medidas que possibilitem que, depois de superarmos este momento, possamos retomar as nossas vidas, os nossos negócios, os nossos empregos. Relativamente às medidas de apoio às empresas, e conforme tem sido veiculado pelo Senhor Ministro da Economia, importa acelerar e simplificar processos, libertando-as das habituais burocracias, pois só assim terão utilidade prática.