Feira Nacional da Agricultura

A Feira Nacional da Agricultura/Feira do Ribatejo - um dos maiores certames a nível nacional e expoente máximo no setor agrícola - celebra este ano o seu 69.º aniversário. Iniciando-se como mostra regional no Campo Emílio Infante da Câmara, a evolução técnica agrícola, somada à dinâmica dos empresários ribatejanos e a abertura do mercado Europeu, impulsionaram de tal forma este setor que o espaço existente se tornou diminuto. É nesta conjuntura que emerge a visão política de um grande homem, então Presidente do Município de Santarém, Ladislau Botas. Compram-se terrenos na Quinta das Cegonhas: o homem sonha, a obra nasce, corporizada por um conjunto de estrategas responsáveis por instituições e empresários, constituindo-se o CNEMA (Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas).

Em 1994 inicia-se um novo ciclo no moderno Centro Nacional de Exposições, adotando um formato de gestão profissional. Nas suas dotadas instalações desenvolvem-se, além da emblemática Feira Nacional da Agricultura, congressos, múltiplas feiras temáticas, encontros culturais, empresariais, institucionais, concertos, conferências e vários eventos sociais e económicos. Santarém reforçou a sua imagem, o seu peso económico e social, não só a nível nacional, como a nível mundial. Foi graças ao esforço, determinação, estratégia e muito trabalho de todos aqueles que fizeram germinar este projeto - que o alimentaram, geriram e geram - que foi possível trazer a Santarém e à região milhões de pessoas, desenvolvendo a economia local e regional, concretizando negócios nacionais e internacionais, incomensuráveis para a competitividade das empresas e bem-estar social.

Por outro lado, em 2010, numa visão estratégica que só os melhores possuem, Dr. José Eduardo Carvalho, Presidente da Direção da NERSANT, consciente das sinergias e cooperação futura, numa difícil decisão, mas num fundamentado princípio aristotélico da soma das partes, protocola com o CNEMA a realização da FERSANT em conjunto com a FNA.

No supremo interesse do desenvolvimento regional, e dos seus agentes económicos, a FERSANT transfere-se de Torres Novas para a capital do distrito, estando assim reunidas as condições para o reforço do êxito dos dois certames.

O número de empresas expositoras da FERSANT exponenciou os seus visitantes e os potenciais clientes passaram das dezenas de milhares para as centenas de milhares. A Feira Nacional da Agricultura ficou mais próspera, complementada com ofertas diversificadas da indústria, comércio e serviços da região.

A FNA foi e é um projeto estrutural com dimensão nacional, por isso também um forte impulsionador de toda a dinâmica económica regional. Este editorial é a minha homenagem em nome da NERSANT a todos aqueles que pelo seu trabalho, visão e estratégia, na construção da riqueza e bem-estar da nossa região, se vão da morte libertando.